segunda-feira, 30 de julho de 2007

Sobre Incêndios Nacionais

Depois do ministério, e de algumas residências, agora foi a vez duma estação de serviço.

Na noite da última sexta-feira mais um incêndio deflagrou desta vez uma estação de serviço na Catembe, distrito municipal da cidade de Maputo.
Aqui tem pormenores sobre o assunto.

As estações de serviço são lugares sensíveis e vulneráveis a chamas devido aos produtos comercializados nesses lugares que são bastante inflamáveis daí a necessidade de se manter uma segurança forte com um sistema de extinção de incêndios possíveis.

O Sr. Ministro do Interior apareceu na imprensa a declarar tolerança zero para as estações de serviço que não possuem um sistema de combate a incêndios eficaz. Pois é, bem pensado Sr. Ministro, mas não basta afirmar, temos que agir, e agir não é verificar a presença do sistema anti-incêndio nas estações de serviço apenas. Muitas estações de serviço têm extintores de incêndio mas há que verificar se estão dentro de seus prazos, se estão em lugares disponíveis, se os seus trabalhadores sabem utilizá-los, se alguma vez algum trabalhador foi instruído a usar extintor, e se podemos confiar no sistema ou não.

Lembro-me de um texto que escrevi sobre a negligência intitulado
As questões nacionais que dependem de desgraças para merecerem decisões nacionais. Deixemos de ser negligentes perante o nosso trabalho, fomos contratados para trabalhar e não para negligenciar. Estes trabalhos de inspecção deveriam ser rotineiras e implacáveis. Há que começarmos a raciocinar de forma mais ampla e contundente para percebermos que a questão de pobreza que está no centro das atenções dos governantes e de todos os planos e agendas nacionais é muito mais do que a falta de riqueza. Conhecemos e lembramo-nos de situações de negligência que nos custaram muito dinheiro, é só lembrar o Ministério de Agricultura, o mercado de Homoine, as habitações de cidadãos, só para citar alguns exemplos.

Se queremos combater a pobreza então temos que proteger cada conquista que alcançamos e não permitirmos que os feitos árduos se desmoronem em alguns minutos por falta de capacidade de extinguir incêndios. Será que vale a pena continuarmos a combater a pobreza sem segurança?