Nos dias de hoje fala-se demais sobre a imagem. Da imagem dos políticos, do ministro, do Mc Roger, da Dama do Bling, da selecção nacional, da empresa, enfim de todas as coisas. Existem até pessoas que se profissionalizam nessa área e ganham muito dinheiro “trabalhando a imagem de outros” e até se esquecem de “trabalhar a sua própria imagem”.
Na construção da imagem de uma marca existem quatro pilares básicos: 1) Diferenciação, 2) Relevância, 3) Estima e 4) Familiaridade. Estes pilares estão interligados e constituem o valor intrínseco da marca, quer dizer, a capacidade que esta tem de eliminar ou pelo menos enfraquecer os seus concorrentes.
Dama do Bling é uma “marca registada” bastante recente no mercado, portanto tem uma imagem que tem os seus trabalhadores e promotores. Logicamente uma nova marca no mercado trás sempre confusão porque as marcas antigas sentem-se ameaçadas e os consumidores habitados a consumir certas marcas também caiem no dilema de escolha da marca por consumir.
Não esqueçamos o que aconteceu (ainda acontece) com a antiga operadora de telefonia móvel em Moçambique quando apareceu a recente.
A marca Dama do Bling aparece com algo novo “diferênciação” no traje, na dança, na forma de estar no palco, e na etc.etc. Também tem “relevância” porque o público consome e repete a presença em massa nos Shows da Dama. Não quero falar de “estima” mas consta-me que a sua forma de lidar com o público, até com os seus adversários nunca foi rebelde, apenas se emocionou como pode ser assumido como normal. A “familiaridade” da Dama é inquestionável, veja que nos últimos dias é só Dama para cá e Dama para lá.
Li em algum lugar que actualmente a noção de imagem revoga o conceito, como a noção de popularidade revoga a legitimidade que nos é legada pela publicidade na TV, onde o que manda é, claro, a imagem. Isso interfere até no modo como pensamos sobre nós mesmos: queremos ser desejáveis, consumíveis, vendáveis. Mesmo nas nossas relações íntimas.
Os trabalhadores da imagem da Dama do Blink estão de parabéns!
Que fazer o consumidor perante este cenário?