A era de Mugabe está caminando a passos largos para o fim, embora a teimosia pode pesar muito em certas circunstâncias. No caso concreto, tudo leva a crer que Mugabe "era uma vez!".
Em África as coisas funcionam da maneira como um certo líder quer que funcionem; todos aceitam, todos reclamam, todos protegem e todos querem mudar. Afinal este todos não é inclusivo?!
Eu cá me questiono sobre essas coisas que chamam de política:
- Como é que um líder que criou uma nação, pode contribuir para a destruição da mesma?
- Como é que a velhice do protagonismo pode resistir a mudanças mundiais?
- Como é que se resultados eleitorais não divulgados podem merecer uma reunião e reflexão para pedir uma segunda volta?
- Como é que ocrescimento da inflação pode ser contido com a multiplicação de zeros nas notas da moeda de um país?
- Como é que as armas usadas para combater o colonialismo podem ser usadas para combater a fome e a pobreza?
- Será que Zimbábwè não pode ter um outro líder que não tenha sido libertador (antigo combatente) do país?
- O que será que consegue manter a arrogância do Mugabe na passividade dos zimbabweanos?
E continuo formulando perguntas, sem fim.
Mugabe as vezes esquece que o povo reage em função do presente e não apenas do passado. Na actualidade não basta ter sido libertador como a ZANU PF está a reivindicar. Mas também tem que ser capaz de produzir comida; deixar produzir comida; ou ao menos dexar que os produtores possam vender comida para o povo. Se assim não acontecer, Mugabe vai se enterrando na sua própria sepultura.
